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Caixa Econômica Federal Convoca Nova Assembleia até Quinta-feira (12)

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), representando o Comando Nacional dos Bancários, enviou um ofício à Caixa Econômica Federal no dia 6 de setembro de 2024, solicitando a reabertura das negociações salariais e a manutenção dos direitos estabelecidos no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que perdeu sua vigência no dia 31 de agosto. Essa solicitação foi feita após a rejeição da proposta inicial nas assembleias realizadas na última quinta-feira, dia 5.

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A Contraf-CUT também orientou que os sindicatos realizem uma nova assembleia até a próxima quinta-feira, 12 de setembro, para deliberar sobre uma nova proposta, caso ela seja apresentada, ou para votar a deflagração de uma greve nacional.

O Contexto da Negociação com a Caixa Econômica

As negociações entre a Caixa e os trabalhadores têm sido desafiadoras. A proposta inicial apresentada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que representa os interesses das instituições financeiras, não foi bem recebida pelos bancários. Entre os principais motivos de insatisfação estão o reajuste salarial insuficiente, que não cobre as perdas inflacionárias, e a falta de avanços em benefícios como participação nos lucros e resultados (PLR), além de demandas por melhores condições de trabalho.


Em meio a esse cenário, o ACT que garantia os direitos trabalhistas perdeu sua validade no final de agosto, gerando incertezas e inseguranças para os funcionários da Caixa.

Rejeição da Proposta e Convocação de Nova Assembleia

A proposta da Caixa foi amplamente rejeitada nas assembleias realizadas até o dia 5 de setembro. A principal razão para essa rejeição foi a insatisfação com os termos oferecidos, que incluíam um reajuste salarial abaixo das expectativas e propostas consideradas insuficientes para melhorar as condições de trabalho.

Além disso, segundo Rafael de Castro, diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, houve confusão durante o processo de votação. Mais de uma versão da minuta do acordo circulou entre os trabalhadores, o que gerou insegurança e dúvidas sobre os termos que estavam sendo votados. Essa situação contribuiu para a rejeição da proposta.

Agora, a Contraf-CUT aguarda uma resposta da Caixa Econômica Federal para a reabertura das negociações. Caso a Caixa apresente uma nova proposta, ela será discutida nas assembleias convocadas até o dia 12 de setembro.

Próximos Passos: Greve ou Novo Acordo?

A realização de uma nova assembleia até o dia 12 de setembro coloca os trabalhadores em uma encruzilhada: aceitar uma nova proposta ou deflagrar a greve. Se a Caixa não apresentar uma proposta que atenda às expectativas da categoria, é provável que os sindicatos votem pela greve.

A greve tem sido uma ferramenta de pressão usada pelos bancários em anos anteriores, e seu impacto pode ser significativo, especialmente nas agências da Caixa, que desempenham um papel crucial em serviços sociais como o Auxílio Brasil e programas habitacionais. A paralisação dos trabalhadores pode afetar milhões de brasileiros que dependem desses serviços.

O que pode acontecer se a greve for deflagrada:

  1. Interrupção dos serviços bancários presenciais: Agências da Caixa poderão ter suas atividades reduzidas ou completamente paralisadas, afetando o atendimento ao público.
  2. Atrasos em transações financeiras: Serviços como pagamento de contas, saques, transferências e outros tipos de transações poderão enfrentar atrasos ou serem suspensos.
  3. Impacto nos programas sociais: A Caixa Econômica Federal é responsável pela gestão de importantes programas sociais do governo, e a greve pode afetar a distribuição de benefícios como o Auxílio Brasil e o pagamento do FGTS.
  4. Pressão sobre a Caixa: A greve poderá aumentar a pressão sobre a Caixa para que apresente uma proposta mais favorável aos trabalhadores, acelerando as negociações.

Propostas Analisadas

A proposta inicial apresentada pela Caixa Econômica Federal inclui algumas melhorias, mas que foram consideradas insuficientes pelos bancários. Entre as propostas discutidas estavam:

  • Reajuste salarial de 4,64% para 2024, o que resultaria em um aumento real de apenas 0,7%. Esse valor foi visto como insuficiente para cobrir a inflação acumulada e manter o poder de compra dos trabalhadores.
  • Flexibilização da jornada de trabalho, permitindo que os trabalhadores pudessem reduzir sua carga horária para acompanhar dependentes.
  • Retorno das funções de caixa e tesoureiro com jornada de 6 horas.
  • Criação de novas vagas de emprego, com a efetivação de até 500 novos empregados.
  • Licença-maternidade estendida, com a possibilidade de transferência de até 60 dias para o pai.

Esses pontos foram parte das discussões iniciais, mas a insatisfação geral da categoria indica que são necessários ajustes e melhorias para que a proposta seja aceita.

O Papel do Comando Nacional dos Bancários

O Comando Nacional dos Bancários, que representa os interesses dos trabalhadores durante as negociações com os bancos, tem desempenhado um papel central na condução das assembleias e na orientação dos sindicatos. A recomendação para rejeitar a proposta inicial da Caixa e convocar uma nova assembleia até o dia 12 de setembro faz parte da estratégia do Comando de pressionar por uma proposta mais vantajosa para os trabalhadores.

A decisão de convocar uma greve é uma medida extrema, mas o Comando está disposto a usar essa ferramenta caso as negociações não avancem. No entanto, o Comando espera que a Caixa reabra as negociações e apresente uma nova proposta antes do prazo final, evitando assim uma paralisação que pode prejudicar tanto os trabalhadores quanto os clientes da instituição.

Acompanhe as Notícias e Atualizações

Para se manter informado sobre as negociações entre a Caixa Econômica Federal e os trabalhadores, é importante acompanhar as atualizações nos sites e redes sociais da Contraf-CUT, federações e sindicatos locais. A continuidade das negociações dependerá da resposta da Caixa e da postura adotada pelos bancários nas próximas assembleias.

Caso a greve seja deflagrada, é fundamental que os clientes da Caixa se preparem para possíveis interrupções nos serviços e busquem alternativas para realizar transações financeiras. Serviços online e canais digitais podem se tornar ainda mais importantes durante esse período.

As negociações entre a Caixa Econômica Federal e os bancários continuam tensas, com a possibilidade de greve iminente caso uma nova proposta não seja apresentada até o dia 12 de setembro. Os trabalhadores estão insatisfeitos com a proposta atual, especialmente em relação ao reajuste salarial, e aguardam uma resposta da Caixa para a reabertura das negociações.

O impacto de uma greve nas agências da Caixa pode ser significativo, afetando milhões de brasileiros que dependem dos serviços bancários, especialmente em relação a programas sociais e transações financeiras essenciais.

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